A reforma do estado
ANTONIO, C.A.J. *
VENDRUSCULO, T.S. **
UNAERP
Este artigo tem como objetivo analisar a reforma do Estado implementada no Brasil na década de 90 e a suas implicações tanto para a sociedade quanto para o serviço social. A grande crise que se abateu nos países de capitalismo avançado nos anos 70 fez ressurgir uma corrente teórica conhecida como neoliberalismo que trazia em seu ideário, uma forte critica ao Estado intervencionista e de bem-estar social. As baixas taxas de crescimentos combinadas com as altas taxas de inflação corroeram as bases de acumulação capitalista, levando a quase todos os países da Europa adotarem um programa de disciplina orçamentária baseada na redução dos gastos sociais através das privatizações. Não obstante, esse processo iniciou-se no Brasil no governo Collor com a abertura do mercado brasileiro e foi aprofundado no governo de Fernando Henrique Cardoso que levou a cabo uma ampla reforma do Estado. Tais reformas produziram modificações nas relações entre o Estado e a Sociedade Civil uma vez que submeteu todas as políticas à hegemonia da política monetária bem como transferiu para setor público não estatal, serviços como saúde, educação e cultura. Alia-se a essa situação as transformações que vem ocorrendo no mundo do trabalho, fruto da competição dos conglomerados econômicos, do avanço tecnológico, e de uma globalização excludente e desigual que se traduz em desemprego e precariedade das relações do trabalho. É nesse cenário adverso que o profissional de serviço social é desafiado a atuar, desvendando a gênese da questão social em todos os seus aspectos políticos, econômicos e ideológico em busca do fortalecimento de um projeto ético-político que vem sendo construído coletivamente pela categoria.
Palavra chave. Neoliberalismo, Reforma do Estado, projeto ético-político.
REFORMA DO ESTADO, SOCIEDADE CIVIL E SERVIÇO SOCIAL.
A Reforma do Estado brasileiro,