A Reconstrução da identidade feminina na poesia de Cora Coralina
AMBIGUIDADE A SERVIÇO DA PUBLICIDADE:
UMA PROPOSTA PARA A SALA DE AULA
Crisvânia Maria Coelho Leite dos Santos (FEUC) crisvania1@gmail.com 1.
Introdução
Com o advento da globalização, cada vez mais as sociedades capitalistas fazem uso do gênero “anúncio publicitário” para divulgar seus produtos, fixar suas marcas e manter-se em um mercado extremamente competitivo. Nesse contexto, esse gênero vem-se destacando pelo modo como explora os signos linguísticos a fim de produzir uma comunicação adequada a todos os públicos: crianças, jovens e adultos. Em vista disso, este artigo propõe um olhar sobre como algumas escolhas linguísticas, causadoras de ambiguidade da linguagem verbal, converte-se em um recurso estilístico conveniente aos propósitos da publicidade, cujo objetivo é seduzir o receptor, porém sem demonstrar sua verdadeira intenção, que é levá-lo ao ato do consumo.
A força da mensagem publicitária e o seu alcance são fatos reais – os lugares aonde a escola ainda não chegou, a publicidade já alcançou com cartazes, folhetos, anúncios etc. – logo abarca uma camada enorme da população. Partindo dessa constatação, consideramos como problema a seguinte questão: embora o anúncio publicitário não seja um material produzido com fins didáticos, seria possível utilizá-lo como um recurso didático-pedagógico e a partir do seu conteúdo persuasivo desenvolver leitores críticos?
As hipóteses que levantamos são as de que a adequada mediação do professor, na análise dos diferentes efeitos de sentido inferidos dos anúncios ambíguos e a observação dos mecanismos linguísticos e persuasivos envolvidos no processo de sua construção, desenvolveria a competência do aluno como leitor crítico das mensagens midiáticas.
Consideramos que o impacto da publicidade na vida do aluno, assim como a influência que exercem nos modos de recepção e interpretação do mundo e o uso intencional da ambiguidade no texto