A realpolitik de bismarck
Levando-se em consideração o momento histórico europeu sob a égide do equilíbrio de poder na Europa, um equilíbrio interno alemão no que tange a Áustria e a Prússia e por fim a idéia de alianças com Estados (Prússia, Áustria e Rússia) que partilhassem da mesma ideologia moral e conservadora, Bismarck emerge com a idéia de que os interesses nacionais comuns eram vínculo mais cabível às nações e que a Realpolitik comutaria a unidade conservadora em política externa.
Ao contrário dos conservadores alemães que acreditavam que a legitimidade, através de princípios morais era um valor que transcendia os cálculos de poder, Bismarck acreditava que era através do poder que se originaria a legitimidade. Leopold von Gerlach, grande mentor em sua carreira diplomática e ajudante-de-ordem do rei de Prússia, vê nas convicções de Bismarck de que o poder é o melhor instrumento moderador nas relações exteriores uma idéia inescrupulosa. E mais inescrupulosa ainda seria a idéia de ter relações diplomáticas com a França e ter Napoleão III - visto pelos conservadores prussianos como uma ameaça de um novo ciclo expansionista e grande signo da Revolução Francesa que substituiu a monarquia, a aristocracia e a Igreja por uma república democrática secular radical