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O caminho para a Primeira Guerra Mundial A nova configuração da Europa depois da Guerra Franco-Prussiana transformou o equilíbrio de poder no continente. Não coincidentemente, o termo que viria a descrever a nova conjuntura do sistema internacional era em idioma alemão: Realpolitik. Realpolitik é uma forma de política externa baseada em cálculos de poder e interesses nacionais. Ideais, valores compartilhados ou legitimidade histórica não encontram lugar nesta forma de política externa. Com a fundação da Alemanha, este Estado se tornou a maior potência europeia. Grande parte do restante da carreira de Bismarck no comando da política externa alemã foi impedir que este no status de seu Estado o tornasse alvo de alianças que cercassem a Alemanha, e impedir uma corrida armamentista. A EUROPA DEPOIS DE 1871 Duas rivalidades e um espectador preocupado

1 - Alemanha x França A vitória arrasadora da Prússia-Alemanha sobre a França, e a anexação da Alsácia e de parte da Lorena, tornaram Paris um inimigo declarado e irreconciliável de Berlim nas décadas seguintes. A França se tornou um aliado certo para qualquer Estado que decidisse travar uma guerra contra a Alemanha, o que limitava os cálculos dos dois Estados.

2 - Áustria-Hungria x Rússia

Outro fenômeno foi o acirramento da animosidade entre a Áustria-Hungria e a Rússia czarista. Neste caso, o território em disputa eram os Bálcãs. A decadência do Império Otomano tornava a região uma presa frágil. A Áustria, que não entrou na disputa por colônias, enxergava na anexação de territórios balcânicos sua manutenção como grande potência. A Rússia se enxergava como protetora dos povos eslavos da região.

3 - Reino Unido

O Reino Unido tinha como principais preocupações manter o seu império. Isso levou Londres a ter especial interesse nas ações externas de dois Estados: Rússia e França. O avançar da Rússia para o sul, na região da Ásia Central, era considerada a principal ameaça à Índia

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