a realidade virtual
O equívoco do termo “virtual”, parece ter começado quando a multimídia o reivindicou, para seus fins mercadológicos. No que diz respeito às questões da "realidade virtual", o fato é que se criou, nestas últimas décadas, pela performance tecnológica de velocidades sobre-humanas de fluxos digitalizados e de multilinearidades, um espaço simulacral de "mediação imediata". Tal simulação possui, por um vertiginoso coeficiente de velocidades, uma eficácia total para iludir, para além da perfeição, os nossos sentidos corporais. Pode-se dizer que esse é o ambiente propício às tecnologias de "controle do imaginário".
A interferência programada dessa dimensão vital que concerne à nossa maneira de perceber, de agir, de sentir, aos nossos regimes de signos habituais, constrói um perfil compósito das necessidades de consumo tecnológico e informacional, nem sempre afinadas com as nossas aspirações íntimas. E nesse chamado de "mundo comunicacional e informático", corremos um perigo de sucumbirmos, em nossa apreensão da realidade, a meros dualismos sem saída, sob a égide exclusiva de relações binárias e de mobilidades pré-coordenáveis. Nomes, ritmos, memória e expectativas vão sendo assim pré-orientadas.
A partir dessa análise pode-se concluir que o virtual desapareceria do imaginário criativo e se tornaria em algo regrado, prolongando o espaço hegemônico da cultura de imagens estereotipadas. Sendo assim, não haveria nenhuma chance, por exemplo, de sairmos de nós mesmos, de nos "desorientarmos", de nos surpreendermos, de criarmos, de criarmo-nos, implicados num futuro, imediato e singular.
O mundo virtual, é sem dúvida um forte influenciador das massas. Hoje, tudo se pode e tudo se consegue através da internet. Cria-se então essa chamada de “vida virtual” ou até mesmo em uma “segunda vida” onde podemos ter novas amizades, outra personalidade e criar laços. Essa tecnologia trouxe milhões de benefícios e facilidades para todos, porém, o uso