A questão da pena de morte (como ''justiça'' dos homens)
O meu objetivo neste trabalho é trabalhar a questão vida. Como o amor que Dostoievski tinha pela vida reflete em sua obra. Pretendo, antes de mais nada, apresentar trechos que provem que Dostoievski era contra a pena de morte e também traçar um paralelo entre a obra de Dostoievski (O Idiota) e a obra de Victor Hugo (O Último dia de um condenado[1]). Victor também era contra a pena de morte mas, ao contrario de Dostoievski, Victor nunca sentiu o que é ser condenado à morte na pele. Ambos valorizavam a vida.
A QUESTÃO DA PENA DE MORTE (como ''justiça'' dos homens)
''Quantas mortes ainda serão necessárias para que se saiba que já se matou demais?'' Bob Dylan
Em O Idiota, Dostoievski escreve vários trechos que servem de critica a pena de morte e que são semelhantes as criticas de Hugo em O Ultimo dia de um condenado . Por exemplo: “ É uma profanação da alma e nada mais! Esta escrito: ''não mataras'', então porque matou vão mata-lo também? Não, isso não pode.”[2] Victor escreve sua critica assim: “Os que julgam e condenam dizem que a pena de morte é necessária. Primeiro porque é importante subtrair da comunidade social um membro que já a lesou e poderia lesa-la novamente. Se se tratasse apenas disso, a prisão perpetua bastaria. Para que a morte? Objetarão que se pode escapar de uma prisão. Façam melhor a sentinela. Se não acreditam na solidez das grades de ferros, como ousam Ter zoológico? Nada de carrasco onde basta o carcereiro. Mas, retorquirão, é preciso que a sociedade se vingue, que a sociedade puna. Nem uma coisa nem outra. Se vingar é próprio do indivíduo, punir é de Deus”.[3]
Como podemos ver, ambos se posicionam contra a pena capital. Matar por matar não adianta em nada.
''Um olho por um olho acabará por deixar toda a humanidade cega.'' Mahatma Gandhi
Segue abaixo outro trecho de Dostoievski que critica a pena de morte: