A questão da finitude em Sêneca dentro da obra “Sobre a brevidade da vida”
Lúcio Aneu Sêneca, nasceu em Córcova, na Espanha, entre o fim da era pagã e o início da era cristã. Em Roma, participou ativamente e com sucesso da vida política. Condenado por Nero, o imperador, ao suicídio em 65 d.C.; Sêneca matou-se com estoica firmeza e admirável força de espírito (Reali, 2003, p. 326). Segundo Reali (2003, p. 325), Sêneca foi seguidor do estoicismo que é uma corrente filosófica iniciada por Zenão de Cítio, pregava que o ideal era viver uma vida de acordo com a razão, o bem e a virtude. O estoicismo procede do pensamento helenístico, esse pensamento se concentrou sobretudo nos problemas morais que se impõem a todos os homens.
Apresentação da obra “Sobre a brevidade da vida”
De acordo com Seibt (2013, p. 374), Sêneca, e também outros filósofos estoicos buscam alcançar uma vida tranquila, contemplando as coisas com alegria, sem deixar que o desânimo e a depressão se instalem. Para alcançar essa tranquilidade, um dos aspectos principais é o domínio dos vícios, visto serem eles uma escravidão na qual se está preso a prazeres temporários. Segundo Seibt (2013, p. 374), Sêneca afirma que as pessoas lamentam que suas vidas sejam breves, mas não percebem que gastam a maior parte dela com futilidades e desperdiçam o bem mais precioso da vida que é o tempo. Em suas palavras, “Não recebemos uma vida breve, mas a fazemos, nem somos dela carentes mas esbanjadores” (Sêneca, 1993, p. 26). Os homens não percebem o quanto os vícios e as paixões lhes roubam a maior parte da vida:
“Pequena é a parte da vida que vivemos, pois todo o restante não é vida, mas tempo. Os vícios atacam-nos, e rodeiam-nos de todos os lados e não permitem que nos reergamos, nem que os olhos se voltem para discernir a verdade, mantendo-os submersos, pregados ás paixões” (Sêneca, 1993, p. 27).
Por conseguinte, os homens deixam o melhor, a meditação e o ócio, para quando já estão perto da morte, assim como afirma Sêneca: “Não