A prova é a testemunha
O Caso Isabella Nardoni chocou o País em 2008 e promoveu uma sensação generalizada de justiça em 2010, quando os réus foram condenados pelo Tribunal do Júri. Intensamente coberto pela mídia, o caso em que a menina Isabella, de quase 6 anos, foi jogada do 6º andar do prédio em que moravam o pai e a madrasta, Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, foi acompanhado pelos brasileiros com a ânsia da busca pela Justiça e com a indignação pelo motivo do crime e de quem seria o criminoso ou criminosos que a teriam assassinado. Pai e madrasta sempre negaram a autoria do crime, mas suas versões para o fato nunca convenceram ninguém e se mostravam cada vez mais improváveis e inconsistentes conforme a Polícia Científica trabalhava no caso.
E é aí que começa o verdadeiro divisor de águas do Caso Isabella Nardoni. O trabalho da Polícia Científica paulista foi o que levou de forma implacável à condenação de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá pela morte de Isabella, machucada, estrangulada e depois jogada do 6º andar.
Foi a qualidade dos trabalhos e a irrefutabilidade da competência dos peritos que levaram à formação do conjunto de provas que permitiu que ambos fossem condenados por um crime em que não havia testemunhas e do qual eles negavam, o tempo todo, a autoria. Enfim, sem confissão dos acusados e sem testemunhas, foram as provas científicas que mostraram ao Júri que a acusação, nas mãos do promotor de Justiça Francisco Cembranelli, tinha razão da importância das provas levantadas pela Polícia Científica.
No livro, Ilana Casoy, relata exatamente o que aconteceu naqueles cinco dias, de forma didática e com leitura agradável. O livro, que conta com as íntegras da denúncia e da sentença contra os Nardoni, prefácio de Francisco Cembranelli e orelha da escritora e novelista Gloria Perez, é dividido em cinco capítulos, cada um deles contando um dia do julgamento, além de prólogo e epílogo. Ao longo de 240 páginas, o leitor conhece os