A proletarização do magistério
A proletarização dos profissionais do magistério esta cada vez mais acabando com a ética e responsabilidade profissional do cargo.
“Atores de uma sociedade moderna, onde a escolarização é um elemento central do processo de desenvolvimento e a institucionalização das relações de trabalho uma conquista datada, os professores têm sido, nos últimos anos, obrigados a se empenhar em uma luta mortal pela preservação de direitos trabalhistas que, para outras categorias, podem ser considerados como já adquiridos. Ao mesmo tempo foram, talvez, mais intensamente afetados pela proletarização do que qualquer outra categoria de trabalhadores urbanos no Brasil” (PERALVA, 1991, p. 158). A citação da autora demonstra como estão sendo desvalorizados estes profissionais, que ao se depararem com uma sociedade desmotivadora, que almeja lucros e um mundo bonito somente no papel, está obrigando a classe a viver num mundo de faz de conta onde professor se vê obrigado a fazer parte de uma estratégia de ensino fora da realidade da sociedade, e assim sendo desmotivado a evoluir e procurar com satisfação meios para que conduza suas aulas como sente que deveria estar sendo satisfatório para a realidade em questão.
A cada ano que passa a desvalorização se torna mais evidente, transformando a classe trabalhista em meros personagens onde nada mais do que fazem é ensinar o que o governo pede e os alunos nada mais façam além de aceitar o que lhes é proposto sem questionamento do que lhes é imposto, tornando esses alunos em pessoas submissas fáceis de aceitar a realidade precária em que vivem sem ao menos questionar ou lutar por coisa melhor.
Apesar deste descaso com os professores, alguns são lutadores e apesar de tudo não perdem a ética e ainda sonham com um ensino de qualidade para seus alunos, tentando assim mudar esta realidade de descaso.
Meriam