A produção do sujeito
A produção do “sujeito”
Sujeito é quem pratica a ação. Observar a ação em si é observar o sujeito. A subjetividade é o modo como o sujeito vivencia suas ações de modo particular, modo como você afeta e é afetado ao ser sujeito. Mas para podermos falar de sujeito, falemos antes da produção dessa ideia e da construção do conhecimento que, desde Sócrates (que estava longe da idéia de subjetividade) até o Idealismo, Materialismo e Criticismo (este último que, enfim, inaugurou a idéia de sujeito), vinham sendo colocadas ao longo da história.
A filosofia, ato lógico e reflexivo que se utiliza da razão e que era usada pelos gregos, tirou a responsabilidade pela vida cotidiana dos homens das mãos de deus e colocou nos próprios homens (saindo do não-sujeito). O contexto onde se usava o método dialético, a desconstrução e construção de idéias e o uso da lógica para chegar ao conhecimento (mesmo que de uma ordem mais da natureza que humana), foi que deu base para Descartes construir o seu método que culminou no primeiro momento epistemológico, o Idealismo.
Descartes nota que há algo falho na filosofia, pois a razão e a lógica são usadas para construir conhecimentos que acabam podendo entrar em conflitos de idéias. Mas como, se esses conhecimentos são lógicos? A lógica, além do conhecimento sensível, seria falha? Eis a “dúvida metódica”. Não se poderia construir conhecimentos sem partir de uma premissa apodítica, pois tudo o que viria a partir daí não teria crédito. Então, ele foi buscando essa informação apodítica para conseguir produzir a partir dela o conhecimento real, uma premissa que não considerasse as verdades até então conhecidas pela lógica. Chega, enfim, ao “eu penso”, tomando-o como inquestionável. Ao se duvidar que se pensa, já se está pensando. “Logo, eu existo”, sendo a existência uma conseqüência do ato de pensar. O conhecimento de Descartes é construído na idéia, no pensamento, na reflexão, por isso “Idealismo”, a partir daí nós