a problemática do lixo
Nas últimas décadas a sociedade tem estabelecido uma relação com a natureza alvo de vários questionamentos da parte de ecologistas, pesquisadores, ONGs, órgãos públicos, que tentam a todo instante alertar sobre os vários impactos ambientais causados pelas diversas atividades econômicas e estilos de vida da sociedade, que por conta da exploração intensiva dos recursos naturais colocam em risco a própria existência humana.
Até há dois milhões de anos quando, segundo as últimas descobertas paleontológicas, surgiu na terra o Homo, nenhum ser vivo havia efetivamente comprometido, pelo desenvolvimento e pelo triunfo de suas populações, a perenidade da biosfera essa região superficial de nosso planeta onde a vida é possível.
A produção em larga escala e o consumo exagerado acarretam além do esgotamento dos recursos naturais, o comprometimento de ambientes inteiros, já que a população não sabendo que destino dar a tantas embalagens e objetos em desuso acaba jogando-os nos rios, riachos, solos, florestas, etc. Além do aumento em si da quantidade de lixo devido ao aumento constante dos níveis de consumo, devemos considerar o fato de que esse mesmo lixo se torna a cada dia menos orgânico, e portanto, menos degradável.
O lixo acumula-se porque é momentaneamente mais barato jogar fora garrafas, carros usados e velhos refrigeradores do que restituí-los ao uso. O estrume acumula-se nas fazendas, porque o fertilizante artificial é mais barato de comprar e usar; transportar o estrume para os campos e espalhá-lo exige um trabalho custoso. Os resíduos industriais são lançados nos rios ou no ar porque são subprodutos indesejáveis de um empreendimento comercial que é, quanto ao mais, lucrativo.
Os números impressionam: a produção de lixo doméstico passou de 200kg por habitante/ano em 1960 para 540kg em 2000, o que representa 1,5kg por dia, quantidade modesta se comparada aos 5kg diários produzido pelos norte-americanos: campeões mundiais de consumismo.