A problemática do ensino na prática da leitura
Tendo em vista que a língua e a linguagem apresentam um caráter social e uma função comunicativa, por excelência, é de suma relevância considerar que os indivíduos utilizam a língua como instrumento de interação entre grupos sociais e revelam, através dela, a sua visão e interpretação de mundo no qual estão inseridos.
Nesse sentido, o ensino da prática de leitura em sala de aula deve levar em conta de que o aluno, como parte integrante de uma sociedade, já é um leitor do mundo, ou seja, é protagonista do meio em que vive e se relaciona com o mesmo sob diversos aspectos, tais como: a cultura, educação, costumes, religião, entre outros.
O provável fracasso escolar, que tanto se discute atualmente e debatido no texto de Magda Soares, cujo título é: Ler, verbo transitivo, aponta uma investigação acerca da problemática da questão da leitura, que envolve o tema de que os brasileiros leem pouco e mal. E por essa trajetória, a autora propõe, de maneira crítica, esse pensamento compartilhado, difundido e aceito no Brasil, que não reflete de maneira profunda, e abre o diálogo sobre um “possível culpado” para esse aspecto, destacando qual gênero textual é lido pouco e mal, isto é, o aluno lê mal um texto informativo, ou literário? Um manual de instruções, um verbete? Sabe-se que, para cada tipo textual, usam-se habilidades e competências específicas para determinado gênero. Será que o aluno domina tais habilidades?
O que deve ficar claro, é que a leitura é útil ou aplicável para diversas situações que o homem se depara para se relacionar com o mundo. É necessário que o aluno entenda que a leitura esta a sua volta o tempo todo, mesmo que não haja um texto escrito propriamente dito. Seja no momento em que se toma um ônibus e que é necessário saber o destino para qual o passageiro deseja partir. Ler uma bula de remédio e interpretar as reações adversas do medicamento, para que não piore o seu estado de saúde, ou ler um