A PRESENÇA ESTRANGEIRA NA CHINA – SÉC. XVI E XVII
INTRODUÇÃO
Antes de começarmos este trabalho, faz-se uma pergunta: “O que é a China?”. Muitos graduandos do curso são recém-saídos do Ensino Médio, e a sua grande maioria (se não completamente) não seria capaz de responder esta pergunta. Destarte, um dos principais objetivos deste trabalho – além de relacionar o Império Chinês com a Península Ibérica – é responde-la pelo menos de forma a estimular pesquisas mais profundas a respeito.
A China e seu Império Milenar sempre foi uma grande interrogação para o Ocidente, chegando ao ponto de ser subestimada por outras potências mundiais. Neste trabalho, visamos fazer um corte temporal em sua história, aprofundando nos primeiros registros a respeito de estrangeiros que chegaram à China. Começando por navegadores do século treze, indo até as frágeis relações da China com Portugal, Espanha e Holanda.
1. CHINA – O que é?
1.1 Aspectos Geográficos:
A China, na época em que trabalhamos, contava com uma população de quase 200 milhões de habitantes, espalhados num território com 9.536.499 quilômetros quadrados e um litoral extenso de 14.500 quilômetros. Com pouquíssima terra arável, a China apresenta um relevo desigual com muitas colinas, cordilheiras baixas e altas (do Himalaia, por exemplo), Planícies Fluviais e Planaltos – o que explica a escassez de terras férteis. Apesar de um extenso litoral, a história e economia da China – essencialmente agrária – constrói suas bases nos rios que permeiam o país (Diques, embarcações, desvios, entre outros), a exemplo dos rios Amarelo, Mekong, Xi-Jiang, Yantzé.
Tendo em vista essas características geográficas, o cenário econômico Chinês será composto além da Agricultura (de subsistência) já citada – a Rizicultura, a principal fonte de alimento e nutrição chinesa – por seda. A dita rota da Seda trata-se de, resumidamente, caravanas e embarcações carregadas com o famoso e tão requisitado tecido de Seda, espalhando-se por