A política na idade média
Carla Cristina Campos Ribeiro de Moura
A política na Idade Média
A política na Idade Média seguia aos dogmas e teorias, colocadas pelos teólogos, com o controle imposto pela igreja católica.
Às voltas dos castelos feudais, durante a Idade Média, formam-se os burgos.
Desde o início do século XV, em certas regiões da Europa, as cidades antigas do Império Romano e as novas cidades surgidas dos burgos medievais entram em desenvolvimento econômico e social. Grandes rotas comerciais tornam poderosas as corporações e as famílias de comerciantes, enquanto o poderio agrário dos nobres começa a diminuir → início do capitalismo mercantil.
Começam as lutas dos burgueses com os senhores feudais por franquias econômicas, sob a forma de reivindicações políticas: as cidades desejam independência em face aos nobres, reis, papas e imperadores.
Na Itália, a redescoberta das obras de pensadores, artistas e técnicos da cultura greco-romana, particularmente das antigas teorias políticas, suscita um ideal político novo: o da liberdade republicana contra o poder teológico-político de papas e imperadores.
ANTES DE “O PRÍNCIPE”
O RENASCIMENTO resgata o pensamento, as artes, a ética, as técnicas e a política existentes antes que o saber tivesse sido considerado privilégio da Igreja e os teólogos houvessem adquirido autoridade para decidir o que se deve pensar, dizer e fazer.
Tem-se a valorização da vida política, como vida activa. Fala-se no ideal da vida republicana e na vida política como formas mais altas da dignidade humana (“vida boa”).
Nesse ambiente, entre 1513 e 1514, em Florença, é escrita a obra que inaugura o pensamento político moderno: “O Príncipe”, de Maquiavel.
“O PRÍNCIPE”
As obras políticas medievais e renascentistas operam em um mundo cristão (não escapa da relação política-religião).
As teorias medievais são teocráticas, enquanto as renascentistas procuram evitar a idéia de que o poder seria uma graça ou um