A Política Externa à Época da Independência
A Política Externa à Época da Independência (p 17)
Um novo ator em um mundo dinâmico
Inicialmente, o autor orienta sua análise histórica em duas direções:
i. identificar, no sistema internacional vigente, os condicionamentos da política externa brasileira (PEB) à época da independência; ii. definir o perfil do no Estado, como novo componente.
Quatro variáveis condicionavam o processo de elaboração e execução da PEB nesse período inicial:
a) o jogo de forças no sistema internacional no início do século XIX e os objetivos dos Estados dominantes;
b) a inserção do continente americano nesse sistema;
c) a herança colonial brasileira (socioeconômica e jurídico-política);
d) o precoce enquadramento luso-brasileiro no sistema internacional vigente, por meio da “aliança inglesa”.
a) O Congresso de Viena de 1815 significou o declínio da influência da Revolução Francesa sobre o sistema internacional e a emergência das forças econômicas que iriam configurá-lo no século XIX (adequação aos interesses do capitalismo industrial). A explicação fundamental do sistema internacional do século XIX é o papel da sociedade internacional européia – feita de valores, princípios, interesses, normas jurídicas e padrões de conduta –, enquanto um sistema de hegemonia coletiva, na expansão dos interesses europeus sobre a periferia do mundo.
O autor passa por cada um dos principais atores europeus: Rússia e Grã-Bretanha representavam, em 1815, respectivamente, o sistema arcaico e o moderno das relações internacionais (absolutismo e parlamentarismo). Países secundários: Império Austríaco – controle das forças para manutenção da ordem; França – Restauração, prestígio a reconquistar; Prússia – limitações de política externa. Coalizões opostas: Santa Aliança e Quádrupla Aliança. A Inglaterra triunfava onde as pretensões da Santa Aliança não tinham chance de se concretizar: no Mediterrâneo