Resumo do Capítulo - O Controle do Prata
O seguinte texto aborda inicialmente o período de estabelecimento das relações diplomáticas efetivas do Brasil e a política externa brasileira durante o período da Independência representada pelas relações com a Europa e as tensões da Guerra da Cisplatina. As aberturas periféricas mostraram-se significativas durante esse período através do americanismo; termo concebido no texto como vertente de acontecimentos políticos presentes nas relações interamericanas à época da Independência, o qual é apresentado em suas versões brasileira, bolivariana e monroísta; das relações do Brasil com os EUA e com o Paraguai e dos vínculos culturais e sociais do Brasil com as colônias africanas, ligando-as mais ao Brasil do que a Portugal e fortalecendo cada vez mais as premissas da independência. Os autores entendem que a política externa à época da Independência viabilizou a subordinação nacional ao desenvolvimento díspar capitalista, uma vez que, através da ótica parlamentarista, o sistema de tratados utilizados ao longo dessas relações não somente instituíram o liberalismo no país, mas extrapolaram também os limites da racionalidade política, sacrificando o comércio nacional e a soberania. Afirmam ainda que a política externa pode até ter sido prejudicial à nação, mas serviu enormemente ao Estado, pois proporcionou seu reconhecimento internacional. No decorrer da década de 1820 e início da década de 1840, o Brasil passou por uma crise de redefinição institucional evidenciada pela reação lenta e vigorosa da política externa no plano do discurso crítico, sem alcançar grandes resultados. O declínio do prestígio de D. Pedro, os embates entre liberais e conservadores acerca do processo de consolidação e fortalecimento do Estado brasileiro, a organização do Ministério dos Negócios Estrangeiros para um melhor acompanhamento da reorganização do país, caracterizaram este processo de forma significativa. Ao longo deste período, sabe-se que governo brasileiro havia adotado uma