A política como categoria autonoma.
Durante a idade média havia conflito sempre entre o poder do rei e da igreja, ou nobreza. Mas após um determinado tempo começaram a surgir monarquiasnacionais. Enquanto as nações centralizavam o poder, Alemanha e Itália seguiam fragmentadas em inúmeros estados, cheios de disputas internas, e nessa Itália fragmentada viveu Maquiavel.
A partir da principalobra de Nicolau Maquiavel, O Príncipe, conclui-se que, na modernidade, o príncipe não pode ser um indivíduo, mas sim um organismo determinado pelo desenvolvimento histórico: o partido político, frutoda “vontade coletiva”. O partido moderno, é o centro de uma ampla rede de instituições sociais e políticas que compõem a sociedade civil. “O príncipe toma o lugar, nas consciências, da divindade oudo imperativo categórico, torna-se a base de um laicismo moderno e de uma laicização completa de toda a vida e de todas das relações de costume”
Ressalto eu que a ciência política deve ser concebidacomo um “organismo em desenvolvimento” e observo que Maquiavel dava uma idéia de autonomia à política, mas que suas idéias ainda não se transformaram em senso comum. No entanto, em O Príncipe,Maquiavel não escrevia para os governantes de seu tempo, mas ele pretendia “educar politicamente quem não sabe” sobre política. Analiso a concepção de “maquiavélico” e afirmo: “o maquiavelismo serviu paramelhorar a técnica política tradicional dos grupos dirigentes conservadores”
Diante dessas afirmações, me proponho a resolver o que para pra mim é uma questão inicial para analisar Maquiavel, que é apolítica como ciência autônoma. A sua ferocidade dirige-se contra os resíduos do mundo feudal, não contra as classes progressistas. O Príncipe deve acabar com a anarquia feudal”
Há elementos queprecisa haver para a política se concretizar, e o primeiro deles é a existência de governados e governantes, dirigentes e