a piscologia na infancia
1. Introdução
“ Todas as crianças nascem com instintos que as empurram para se comportarem em função da sua vontade... durante o processo de desenvolvimento, que acontece na relação da criança com os humanos... o seu cérebro se reorganiza, ganha uma nova estrutura. É um processo lento e muito complexo” (Quintino Aires, 2010).
Os primeiros anos de vida de uma criança são caracterizados por aquisições e desenvolvimentos muito rápidos. A cada mês que passa, os pais observam novas competências adquiridas e estão permanentemente expectantes para assistir a novas aquisições, imaginando como é que o seu filho irá ser no futuro.
A Psicologia da Infância é a área da Psicologia que se debruça sobre o estudo do funcionamento da criança nas suas diversas etapas, que vão desde o momento em que estão na "barriguinha da mãe" até à adolescência. Esta fase, embora que aparentemente pequena é a fase onde o individuo acumula vivências e competências que lhe servirão de base na construção da sua identidade. É também neste período o individuo começa a estruturar a sua personalidade. Os seres humanos desenvolvem-se "submergidos em cultura", logo, esta será uma das suas principais influências no desenvolvimento.
Existem vários estudiosos que se debruçaram sobre o estudo do desenvolvimento da criança, no entanto, nem todos são unânimes no que se refere, por exemplo, à influência do contexto cultural nas principais transformações e evoluções do ser humano - desde a infância até à senescência. Através da interação social, aprendemos, desenvolvemo-nos e adaptamos novas formas de agir durante todo o ciclo de vida. i A mediação é, segundo Vygotsky, uma característica da cognição humana, que se refere à internalização de atividades e comportamento sócio - históricos e culturais. A mediação inclui o uso de ferramentas e de signos dentro de um contexto social. A combinação do uso desses instrumentos, chamados de mediação ou mediadores, possibilita o