A pilula Falante
Narrador – No Sítio do Pica-Pau Amarelo mora uma senhora chamada Dona Benta, vive afastada da correria e do barulho da cidade grande.
(Música do Sítio / Entra Dona Benta)
Narrador - Junto com Dona Benta mora a Negra Tia Nastácia, que adora fazer bolinhos de chuva.
(Entra Tia Nastácia, com uma panela)
Dona Benta – Humm! Que cheiro bom este! O que você está fazendo?
Nastácia – Estou preparando alguns bolinhos de chuva.
Dona Benta – Ai que delicia!
Narrador – No sítio mora também a neta de Dona Benta, Lúcia, mais conhecida como Narizinho. Ela vive no mundo de fantasias, e não desgruda de sua boneca Emília, feita de pano pela Tia Nastácia.
(Música da Narizinho)
Entra a Narizinho
Narizinho – Vovó. Queria tanto que Emília falasse como nós, para ter com quem conversar.
Dona Benta – Hahaha, ela é apenas uma boneca, não tem como ela falar.
Narizinho – Tem sim, quando eu fui lá ao Reino das Águas Claras, o Doutor Caramujo me deu uma de suas pílulas, para que eu desse a Emília e ela começasse a falar.
Nastácia – Aonde já se viu boneca falar, pílula falante, caramujo ser doutor, isso é coisa da sua imaginação.
Dona Benta para Tia Nastácia – Essa minha neta tem cada idéia, hahaha.
(Dona Benta e Tia Nastácia saem rindo)
(Dá a pílula para a boneca e a coloca dentro da caixa de costura, e senta no chão ao lado da caixa)
(Música da Emília – apenas as primeiras estrofes)
(Emília sai aos poucos de dentro da caixa)
Narizinho – Vovó, Tia Nastácia, venham até aqui, rápido!
(Emília fica testando a voz)
(Narizinho da um leve tapa nas costas de Emília)
Narizinho – Fala Emília, fala Emília, fala.
Emília – Estou com um horrível gosto de sapo na boca. Eca!
Narizinho – Uhuulll! Viu vovó, como minha boneca pode falar!
Emília – Mas que caras são essas? Quem são todos esses? Pra que tanta gente? Tem festa aqui hoje, é? E vocês? Sabem por que elas estão com essas caras de corujas