A pessoa é transcêndencia: contra o capital desumanizador
ADRIANO BONFIM PEREIRA - RA: 1092865
A PESSOA É TRANSCÊNDENCIA: CONTRA O CAPITAL DESUMANIZADOR
Vitória da Conquista,
2012
ADRIANO BONFIM PEREIRA – RA: 1092865
A PESSOA É TRANSCÊNDENCIA: CONTRA O CAPITAL DESUMANIZADOR
Centro Universitário Claretiano
Filosofia – Licenciatura
Antropologia Teológica
Dr. Vicente Paulo Alves
Vitória da Conquista,
2012
A antropologia teológica procura um diagnóstico integrador do homem pela transcendência, pois analisa a conjuntura humana não apenas num caráter religioso, mas integral, defendendo a integridade da constituição do homem por dimensões. Para tal é imprescindível discernir o conceito de pessoa o que exige um processo reflexivo livre dos métodos das ciências empírico-formais por um simples fato: o homem não é um objeto, apesar de manisfestar seu ser na matéria em um corpo ele não é seu corpo e sua relação com o mundo supõe vida, do contrário trataríamos apenas da carcaça humana. Há um grande desafio neste sentido, pois o homem não é só corpo, mas manifesta-se, sobretudo por este. Assim não alcançamos a pessoa no seu sentido absoluto por dados, experimentos, conceitos matemáticos, padrões universais e necessários que suponham um ideal de humanidade. No máximo podemos entender processos dentro de determinadas condições, pois até as respostas biológicas diferenciam-se de um ser a outro.
Husserl e Lévinas, apesar de não escreverem sobre antropologia diretamente, podem nos ajudar a entender o processo de deslocamento dos estudos do homem para uma visão mecanicista das próprias ciências humanas. A proposta do método fenomenológico inicia-se com a epoché[1] que suspende tudo o que já foi dito sobre o objeto e todas as idéias que temos dele. Nesse processo encontra-se no objeto uma imanência pura demonstrada nas relações de uso que temos com ele (HUSSERL,