A Pesquisa Cient Fica Hoje
- Fator humano: o homem é um ser imprevisível
- Se, em ciências humanas, os fatos dificilmente podem ser considerados como coisas, uma vez que os objetos de estudo pensam, agem e reagem, que são atores podendo orientar a situação de diversas maneiras, e igualmente o caso do pesquisador: ele também é um ator agindo e exercendo sua influência. Em ciências humanas, o pesquisador é mais que um observador objetivo: é um ator envolvido. As ciências humanas tenta compreender a natureza do objeto de estudo, sua complexidade e o fato de ser livre e atuante, sempre cuidando para não deformá-lo ou reduzi-lo.
Em ciências naturais, considera-se que um conhecimento é válido se, repetindo a experiência tantas vezes quanto necessário e nas mesmas condições, chega-se aos mesmos resultados. Como fazer quando, em ciências humanas, o número e a complexidade dos fatores em questão tornam-se difíceis e, ás vezes, impossível o fato de reconhecê-los com exatidão e, então, controlá-los? O positivismo mostrou-se, portanto, rapidamente enfraquecido, quando se desejou aplicá-lo no domínio do humano.
Embora haja bastantes diferenças entre ambas, elas compartilham as mesmas preocupações: 1) centrar a pesquisa na compreensão de problemas específicos; 2) assegurar, pelo método de pesquisa, a validade da compreensão; 3) superar as barreiras que poderiam atrapalhar a compreensão.
Ciências naturais (objeto de estudo as coisas) / ciências humanas (objeto de estudo é o homem)
- Objetividade e subjetividade
O desgaste da ideia de determinismo é acompanhado de uma transformação do conceito de objetividade. É o pesquisador que intervém nas observações. Então a objetividade está relacionada mais ao sujeito pesquisador e seu procedimento do que ao objeto de pesquisa. E por não ser perfeitamente objetivo, o pesquisador acaba sendo subjetivo.
- Objetividade e objetivação
Uma pesquisa tem valor quando há objetivação. O modo da pesquisa e as interpretações do pesquisador