A personalidade neurótica do nosso tempo
Resenha
Karen Horney busca apresentar uma descrição precisa da pessoa neurótica, os conflitos que impulsionam essas pessoas, suas ansiedades, seu sofrimento e as inúmeras dificuldades que as pessoas têm consigo mesmas e com as demais pessoas em relacionamentos interpessoal. Ela concentrou seu tema na estrutura de caráter que aparece constantemente em quase todas as pessoas neuróticas de nosso tempo, de um modo ou de outro. Ela considera que os conflitos existentes e as tentativas do neurótico na busca de resolver esses conflitos são de extrema importância. Enfatiza que as dificuldades neuróticas reais são geradas não apenas por experiências individuais incidentais, mas também pelas condições culturais específicas em que as pessoas vivem e que as condições culturais influenciam as experiências individuais e determinam sua forma particular. Toda a sua fundamentação repousa sobre bases freudianas, com algumas divergências pessoais as quais Horney pontua claramente. Horney descreve neurose como “um distúrbio psíquico suscitado por medos e defesas contra estes medos, e por tentativas para encontrar soluções conciliatórias para tendências em conflito” e que convém receber esse nome quando afastar dos padrões comuns à cultura considerada. Como ela busca considerar as formas pelas quais a neurose afeta a personalidade limitou a investigação em duas direções: num tipo de neurose cuja personalidade do indivíduo permanece intacta, sendo a neurose uma situação externa cheia de conflitos[1] (ela não está interessada nesse tipo); um outro tipo de neurose que é a neurose de caráter, condições em que o principal distúrbio encontra-se nas deformações do caráter, resultante de um efeito insidioso processo crônico que pode ter início na infância ou de um conflito de situação real de história da vida da pessoa que pode mostrar que esses traços difíceis já estavam presentes há algum tempo. Seu direcionamento volta-se, também,