A Pascoa dos judeus
Como os judeus comemoram a Páscoa?
A Páscoa é uma festa instituída pelo próprio Deus para o seu povo, por volta do ano 1.400 a.C., quando os descendentes de Israel padeciam como escravos no Egito. Conta-nos a Bíblia que Deus enviou 10 pragas para que o faraó libertasse o povo, e a 10a praga foi um decreto de morte sobre todos os primogênitos. Deus então disse a Moisés, seu mensageiro, que os israelitas deveriam matar um cordeiro, e passar seu sangue nos batentes das portas. Assim, quando o anjo da morte chegasse e visse o sinal, passaria por cima daquela casa e não feriria de morte nenhum primogênito que ali morasse. Daí o nome “Páscoa”, que em hebraico significa passagem ou passar por cima. As famílias deveriam então assar o cordeiro e celebrar, seguindo um ritual estabelecido pelo próprio Deus, repetindo esta celebração todos os anos na mesma data (leia na Bíblia a história completa da origem do povo de Israel até a instituição da Páscoa: do capítulo 12 de Gênesis, até o capítulo 12 de Êxodo).
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A PRIMEIRA PÁSCOA
Segundo as orientações de Deus a Moisés, a festa da Páscoa deveria obedecer rigidamente a alguns preceitos:
1. No dia 10 daquele mês (Nisã), que ficou estabelecido como o primeiro do ano, cada família deveria separar para si um cordeiro. Se a família fosse pequena para um cordeiro, convidaria outra família para cearem juntos – Ex. 12:3-4
2. O cordeiro ou cabrito deveria ser escolhido cuidadosamente e apresentar as seguintes características: macho, sem defeitos e de aproximadamente um ano – Ex. 12:5.
3. No dia 14 de Nisã (ou Abibe), o cordeiro seria morto ao entardecer – Ex. 12:6.
4. O sangue do cordeiro deveria ser recolhido numa bacia, e passado nos batentes da porta com um molho de hissopo – Ex. 12:7, 22-23.
5. Enquanto isso, o cordeiro ou cabrito seria assado inteiro, nenhuma parte poderia ser cozida ou deixada crua – Ex. 12:8-9.
6. À noite, a família reunida comeria o cordeiro assado, acompanhado de