A part cula viral
Objetivos desta aula
*Compreender as razões pelas quais os vírus codificam as proteínas para fazer partículas;
*Identificar os principais tipos estruturais da partícula do vírus;
*Explicar como o capsídeo viral interage com as células do hospedeiro e o genoma do vírus durante a replicação.
A FUNÇÃO E FORMAÇÃO DE PARTÍCULAS VIRAIS
Grande parte das informações sobre as estruturas do vírus é altamente visual e de natureza difícil de representar adequadamente na impressão. É fortemente recomendável que o leitor veja os recursos da estrutura dos vírus no CD que acompanha. Também, a figura 2.1 ilustra as formas e tamanhos aproximados de diferentes famílias de vírus.
Por que se preocupar para formar uma partícula viral para conter o genoma? Na verdade, alguns agentes infecciosos, como viróides, não o fazem; (ver Capítulo 8), porém, o fato de que o vírus luta com a carga genética e bioquímica, implicando na codificação e montagem dos componentes de uma partícula indica que esta estratégia deve oferecer alguns benefícios. No nível mais simples, a função do reservatório externo da partícula de um vírus é a de proteger o frágil genoma de ácido nucléico de danos físicos, químicos ou enzimáticos. Depois de sair da célula hospedeira, o vírus entra em um ambiente hostil que poderia rapidamente inativar o genoma desprotegido. Ácidos nucléicos são suscetíveis a danos físicos, tais como ruptura por forças mecânicas, químicas e modificação pela luz ultravioleta (luz solar). O ambiente natural é muito carregado com nucleases, sejam derivadas de células mortas ou vazamentos ou deliberadamente secretadas por vertebrados como defesa contra infecções. Em vírus com genomas de fitas simples, a quebra de uma única ligação fosfodiéster ou modificação química de um nucleotídeo é suficiente para inativar a partícula do vírus, fazendo com que a replicação do genoma seja impossível. Como a proteção contra isto é alcançada? As subunidades protéicas em um capsídeo viral são