A origem e evolução dos vírus
Há muitas teorias sobre a origem dos vírus, mas não podemos ter certeza de todas.
Um fato que pode explicar o porquê de ser tão difícil construir a história dos vírus, é não terem um ancestral comum, ao contrário dos outros seres. Fazendo com que fique impossível sabermos sua origem sem a construção de uma árvore filogenética. Assim, as teorias criadas sobre a origem e evolução dos vírus são baseadas nas comparações feitas por meio das análises entre genomas virais que tem por base aproximações de cálculos matemáticos.
A primeira teoria sobre os vírus foi criada em 1920 e diz que evoluíram de moléculas primitivas auto-replicativas juntamente com as células. As moléculas primitivas puderam explorar o nicho parasitário nas primeiras células que podem ter desenvolvido adaptações combinadas, ou seja, a evolução de uma espécie causou adaptações numa outra. Os viróides, menores sistemas genéticos capazes de se replicar no interior de uma célula, são capazes de produzir doenças infecciosas em plantas e são compostos por uma pequena molécula de RNA fechada. Estas estruturas podem formar outras secundárias. Replicam no núcleo ou nos cloroplastos ao usar a maquinaria de replicação da célula hospedeira. Os viróides podem ser os “fósseis” moleculares do mundo pré-biótico baseado no RNA. O problema desta hipótese é que não há replicação sem células e torna-se difícil imaginar um vírus anterior às células que os replicam. A segunda hipótese é chamada de compartimentação proposta por Koonin e Martin, em 2005. A ideia remete para origem em compartimentos. Os vírus teria surgido como conjuntos de elementos auto-replicativos em compartimentos inorgânicos. Os compartimentos abióticos terão fornecido isolamento e porosidade que permitiu a troca de moléculas, como catalisadores de reações sob a forma de núcleos de Fe-S (ferro-enxofre) ou de Fe-Ni-S (Ferro-Níquel-enxofre) e, ainda, fonte de energia sob a forma de pares redox H2-CO2.