A origem do petroleo
O nome petróleo significa óleo de pedra, porque o petróleo é encontrado, normalmente, impregnado em determinadas rochas porosas denominadas arenito, em camadas geológicas sedimentares situadas na maior parte das vezes abaixo do fundo do mar.
Acredita-se que o petróleo é um produto da decomposição lenta de pequenos seres marinhos (em geral animais e vegetais unicelulares), soterrados há pelo menos 10 milhões de anos, que sofreram nesse período a ação de bactérias, do calor e da pressão.
O petróleo é uma mistura muito complexa de compostos orgânicos, principalmente hidrocarbonetos, associada a pequenas quantidades de outras classes de compostos que contêm nitrogênio, oxigênio e enxofre.
Para que o petróleo se forme, é preciso que o fitoplâncton e o zooplâncton fiquem soterrados sob espessas camadas de rocha, sob a ação contínua do calor e da pressão. As moléculas que constituem esses seres podem permanecer inalteradas na rocha por milhões de anos. O calor do planeta, contudo, consegue acelerar a quebra de suas ligações químicas, permitindo a transformação.
A temperatura da camada externa da crosta terrestre aumenta aproximadamente 1 grau a cada 30 metros de profundidade. A cerca de 3000 metros, a temperatura já é alta o bastante para dar início à transformação das substâncias orgânicas que constituem os seres marinhos em petróleo. A partir dessa profundidade, porém, a temperatura atinge níveis tão altos que as próprias moléculas do petróleo começam a se decompor.
Em sua fase inicial de formação, o petróleo é composto por gotículas dispersas cuja exploração é inviável. O petróleo só pode ser aproveitado quando essas gotículas se juntam em grandes volumes. À medida que a pressão aumenta, o petróleo é empurrado para fora da formação rochosa.
Como em profundidades próximas a 3000 metros não existem grandes espaços vazios através dos quais o petróleo pode se movimentar, ele acaba escoando pelos poros e pelas fissuras microscópicas