A Origem do Estado segundo Thomas Hobbes
Thomas Hobbes foi um pensador britânico que iniciou sua carreira acadêmica em algumas escolas de Westport, seguindo posteriormente seus estudos na Universidade de Oxford. Considerado como um dos teóricos do poder absolutista em vigor na Idade Moderna, Thomas Hobbes viveu entre 1588 e 1679. Para Hobbes, o Estado deveria ser a instituição fundamental para regular as relações humanas, dado o caráter da condição natural dos homens que os impele à busca do atendimento de seus desejos de qualquer maneira, a qualquer preço, de forma violenta, egoísta, isto é, movida por paixões. De acordo com suas teorias, os homens teriam uma necessidade natural de abandonar seu “estado de natureza”. Tal estado seria um tipo de ordem caótica onde “o homem é lobo do homem”, ou seja, onde a necessidade de sobrevivência seria predominante a qualquer tipo de ordenação maior. Segundo Hobbes, o ser humano é egoísta por natureza, e por essa razão, tende a lutar e guerrear contra si mesmo. O homem de Hobbes, é um ser que não conhece leis, e não tem conceito de justiça; ele somente segue os ditames de suas paixões e desejos temperados com algumas sugestões de sua razão natural. Esse fator leva os homens invariavelmente para a discórdia, a inveja e a disputa, na medida em que os recursos sejam limitados. Como se resolve essa situação em que “o homem é o lobo do homem”? Para o autor, somente por meio de um contrato social é que a paz é estabelecida, a qual levará o Homem a abdicar de guerrear com outro homem. Mas, egoístas que são, necessitam de um soberano que puna aqueles que não obedecem ao contrato social.
De acordo com Hobbes, tal sociedade necessita de uma autoridade à qual todos os membros dessa sociedade devem render o suficiente da sua liberdade natural, de modos que a autoridade possa assegurar a paz interna e a defesa comum, onde o soberando pode ser identificado como um governante ou um grupo de governantes