A origem da tragédia grega
A tragédia grega que conhecemos hoje teve sua origem no culto ao deus Dionísio, o 13º deus do Olimpo, considerado protetor das vindimas. Naquele período, as colheitas das comunidades rurais eram dedicadas ao deus festivo. As festas duravam cinco dias de folias ungidas com muito vinho, provocando a embriaguez coletiva. Durante o período das festas dionisíacas, ninguém podia ser detido e os presos eram libertados para participar da festa. Eram durante essas festas que foram organizadas pequenas encenações, ora dramáticas, ora satíricas, coordenada por um corifeu. Essas encenações tinham a finalidade de entreter os participantes durante a festa. O corifeu tornava-se o personagem chave na deflagração da encenação, apresentando-se como o mensageiro de Dionísio. Assim como o coro, que o acompanhava e tinha a função de externar por gestos e passos ensaiados os momentos de alegria ou de terror que permeavam a narrativa. Tanto o corifeu quanto o coro eram elementos básicos do Teatro, eram considerados o ponto de partida da encenação.
A origem do deus Dionísio – as Bacantes
Acredita-se que sua origem veio da Trácia. As mulheres daquela região da Grécia foram suas principais adoradoras. Elas mantinham um ritual onde acreditavam estar “possuídas” e embriagadas, lançavam sobre si cinzas e pó. As seguidoras de Dionísio vivam em lugares ermos para, em contato com o ar livre e a natureza selvática, exorcizar a “possessão”. O afastamento voluntário e a consequente entrega ao estado de possessão, onde a embriagues e a devoração de animais se intercalavam, atuavam como terapia a sua crescente marginalização.
Resistência a Dionísio
Durante algum tempo, esta celebração tão avessa aos costumes, não foi aceita pelos reis e nem pelos sacerdotes. Precisou-se de um tempo e uma lenda, onde Proteu, Rei de Tebas teria amargado um triste destino por ter-se oposto a ele. Só então, Dionísio passou a ser cada vez mais “respeitado”. As