A origem da moral
Vista através das lentes obscuras das teorias da evolução, a moralidade é um problema muito difícil: não há como chegar à sua origem de uma forma lógica, embora tendo que admitir como realidade os conceitos de “bem” e “mal” que distinguem os seres humanos de todos os animais.
Vejamos alguns argumentos usados pelos ateus: 1. “Acredito na distinção do que é certo (o bem) e errado (o mal) e também acredito na evolução, logo é óbvio que são compatíveis”. Mas isto não faz sentido, pois é possível, e acontece muito, acreditar em falsidades. É necessário saber a realidade, não o que apenas se acredita, mesmo que seja a maioria. A moralidade não se justifica pela evolução. 2. “Os padrões do que é certo ou errado podem ser adotados pelas pessoas”. Mas se cada um pode criar os seus próprios padrões do que é certo ou errado, então ninguém pode acusar o outro de estar fazendo o que é errado, porque ele pode inventar o seu próprio código moral. Por hipótese, alguém poderia montar para si um código moral em que é legítimo cometer um assassinato. Ficamos perturbados com isto, mas como poderíamos dizer que ele estaria agindo mal ao matar outros, se a moralidade é apenas a escolha de um padrão pessoal? O mesmo acontece quando o padrão é da livre escolha de um grupo, sociedade ou nação. Não seria possível julgar a justiça de uma lei, por exemplo.
Talvez o ateu nos diga que “moralidade é aquilo que a maioria decide que deva ser”. Mas esta definição tem os mesmos defeitos que as opiniões anteriores. Transfere uma