A origem da família, da sociedade privada e do estado e do e

A Origem da Família, da Sociedade Privada e do Estado A obra de Friedrich Engels, “A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado” é uma referencia à história de sociedades primitivas na tentativa de compreender a história da família. Engels faz uma reflexão sobre os estudos do antropólogo Lewis H. Morgan sobre os laços parentais entre as tribos indígenas. Os apontamentos de Morgan permitem a visualização da forma primitiva que deu inicio às Gens baseadas no direito paterno, encontradas em civilizações antigas como gregos, romanos, celtas e germanos. Segundo Morgan a Gens Iroquesa, baseada no direito materno, antecede essas Gens posteriores, baseadas no direito paterno. Ao analisar a obra de Morgan, Engels parte do pressuposto de que a ordem social que vivem os homens de determinada época ou país, está condicionada por dois tipos de produção, o grau de desenvolvimento do trabalho e o grau de desenvolvimento da família. Esses modelos de produção embora distintos são indissociáveis. Uma vez que conforme muda a relação do homem com o trabalho, a configuração familiar também sofre alterações. Este é o princípio que permite a Morgan estabelecer e classificar, pioneiramente, os estágios pré-históricos de cultura, que são basicamente três: estado selvagem, barbárie e civilização. Cada um se subdivide nas fases inferior, média e superior, de acordo com os progressos obtidos.
Reconstituindo retrospectivamente a história da família, Morgan chega à conclusão de que existiu uma época em que imperava, no seio da tribo, o comércio sexual promíscuo, de modo que cada mulher pertencia igualmente a todos os homens e cada homem a todas as mulheres. Até onde se sabe, a espécie humana conhece apenas duas formas de organização familiar: a poligâmica e a monogâmica. Em ambos os casos só se admite um macho adulto, um marido. Segundo Morgan, deste estado primitivo de promiscuidade, provavelmente bem cedo, formaram-se:
1 – A família consanguínea: A primeira