A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado
Núcleo de Ensino à Distância - NEAD
Curso de Especialização em Gestão em Saúde
A ORIGEM DA FAMÍLIA, DA PROPRIEDADE PRIVADA E DO ESTADO
Fábio Silva Santos
Ilhéus, BA jul./2014 Em sua obra, Engels propõe a formação da família e consequentemente do estado, a partir de uma organização social primária, que ele caracteriza como Estado Selvagem, Barbárie, a Família, e a partir de sua organização em complexidade e suas necessidades, o Estado.
No Estado Selvagem, compreende-se três fases de evolução: a inferior, onde o homem era nômade e se alimentava principalmente de frutos e raízes disponíveis na terra; a média, onde a carne passa a fazer parte da alimentação e os primeiros instrumentos manuais de pedra não polida, bem como armas de caça, começam a ser produzidos; e a superior, com a fixação de residência, domínio do fogo, do arco e flecha e de instrumentos de pedra polida;
Na Barbárie, tem-se três fases: a inferior é caracterizada pela domesticação e criação de animais (rebanhos), cultivo de plantações e uso da cerâmica. Ocorre divisão de trabalho, com a mulher no trabalho doméstico e o homem na caça, gerando famílias matriarcais; a média apresenta uma divisão social mais notória, com os rebanhos se tornando propriedade privada, o cultivo de hortaliças se otimiza com as irrigações e as construções se fortalecem e aumentam de qualidade com o uso do tijolo cru e das pedras. A família assume o formato patriarcal; a fase superior tem como característica o manejo do minério de ferro, e ocorre uma importante divisão social. Até aqui, a propriedade era comum a todos os grupos familiares de um clã consanguíneo, mas a partir dessa fase, a família passa a ser, individualmente, dominante de uma determinada propriedade. É nessa fase que se destaca a diferença entre ricos e pobres.
Engels trata da família em diferentes formas, cada uma respectiva a sua