A origem da educação escolar no Brasil

“A origem da educação escolar no Brasil – a ação dos jesuítas como parte do movimento da contrarreforma católica”

No séc. XVI, a Igreja Católica enfrentou problemas com seus fiéis que já não aceitavam pagar tantos tributos e questionavam todos os abusos praticados pelo clero. Em resposta, a Igreja convocou o Concílio de Trento (reunião de autoridades religiosas na cidade italiana de Trento) para tomar medidas que detivessem a ação da Reforma Protestante. Nesse conselho, ficou determinada a criação de uma lista que proibia a distribuição de livros considerados impróprios aos ideais eclesiásticos, a Inquisição e que os habitantes das terras recém-descobertas seriam catequizados pelos jesuítas.
. Ao chegar ao Brasil, a primeira ação de Pedro Álvares Cabral foi mandar celebrar uma missa. Através desse gesto, percebe-se que dentro dos objetivos de conquista das novas terras estava a propagação da fé europeia naquele novo continente. Devida a forte ligação entre Estado e Igreja, ambos avançavam em um interesse mútuo.
Os jesuítas chegaram ao Brasil em meados de 1549, e seus primeiros alunos no país foram os índios. Isso se deu pelo fato os missionários perceberem que seria inviável convertê-los ao catolicismo se os mesmos não tivessem um mínimo de instrução. Sua inocência percebida nas cartas de Pero Vaz de Caminha foi vista como facilitador da catequização. A primeira escola aberta no Brasil foi em Salvador e o padre que mais se destacou foi José de Anchieta.
Os Jesuítas educavam para propagar o catolicismo e as ciências humanas. O ensino era regulamentado pelo Ratio Studiorum. Os Jesuítas eram contra a escravização: acreditavam que os índios possuíam alma então não poderiam ser explorados pelos colonos. Durante os sermões eles discursavam contra a prática da escravização.
As missões jesuíticas duraram até 1759 quando, por ordem do Marquês de Pombal, foram expulsos de todas as colônias portuguesas. Após esse processo, a educação brasileira sofreu fortes mudanças