A organiza o horizontal
Observações
Como o texto “A Organização Horizontal” é continuação do “O que é (e o que não é) rede”, faz-se necessário partir do conceito construído no primeiro para então adentrarmos nas questões abordadas no segundo. Sendo assim, rede “é aquela que se apresenta como um projeto deliberado de organização da ação humana [...] Esse padrão ajuda os atores sociais a empreenderem, obterem resultados e promoverem a transformação da realidade.”
O autor mostra uma tendência humanista através de suas palavras redundantemente ligando o conceito de redes com a realidade de ONG’s e manifestações de grupos sociais. Atrela redes a práticas democráticas, emancipatórias, inclusivistas, culturalmente polifônicos. Partindo desse pressuposto a rede como Organização Horizontal tem sua principal característica atrelada à falta de heteronomia, ou falta de hierarquia na tomada de decisões. Segundo ele, as redes agregam pessoas voluntariamente, trabalhando sinergeticamente, para alcançar objetivos comuns a todos. Pelo fato da rede não ser uma entidade, ou organização hierárquica, não existem limites a integração de pessoas, e não existem parâmetros para uma análise de desempenho, dessa forma tanto são os agentes como as formas de agir, sem ficar claro se existe um melhor ou um pior, apenas existe a rede que integra todos.
A idéia de redes passada pelo autor é um tanto intangível, mas coerente na teoria.
Pontos centrais
O texto aborda conceitos centrais que fundamentam a dinâmica das redes. Isonomia, contrário de heteromia, ou seja, falta de hierarquia. As pessoas não fazem nada por ordem de outra, mas por iniciativas pessoais. Multiliderança, como os agentes participantes não tem autoridade uns sobre outros, as várias iniciativas pessoais representam formas diferentes de agir, e novos núcleos de ação são criados, com culturas diferentes e resultados diferentes. Por último, a voluntariedade das pessoas, este fator é muito relevante porque, o fato da