A omissão da Escola frente ao Bullying

A omissão da Escola frente ao Bullying A escola necessita ser um ambiente seguro, permitindo à criança socializar-se e desenvolver responsabilidades, defender idéias e, acima de tudo assumir uma autonomia própria. Para isso, deve-se ter uma equipe de profissionais preparadas para lidar com as manifestações do bullying, seja no combate ou mesmo desenvolvendo ações preventivas. A omissão da escola na elaboração de estratégias de combate contribui para o desenvolvimento das práticas nas escolas gerando o seu crescimento e descontrole. Não raro, observam-se profissionais da educação presenciando manifestações de violência física e/ou moral com naturalidade, sem tomar conta do prejuízo que pode estar acarretando às vítimas, aumentando nas vítimas o desejo de desistir da escola, além do baixo aproveitamento pelo aluno, desmotivação, baixa auto-estima e/ou redução do rendimento escolar responsável por parte da evasão escolar. Portanto, a escola possui um papel fundamental no desenvolvimento social de seus alunos, podendo contribuir para a manifestação do bullying, ao ignorar as questões de relacionamento entre alunos e entre alunos e professores. Essas questões envolvem a manutenção de ações hostis, repressivas ou excluidoras, as quais podem ocorrer pela falta de preparo do professor em lidar com situações conflituosas da sala de aula. A ausência deste preparo pode fomentar as manifestações do bullying, as vezes tornando até o professor vítima. Alguns professores podem também se apresentar como agressores, ao adotarem postura de intimidação e autoritarismo, expondo seus alunos ao ridículo ou à indiferença, colocando-os no lugar de vítimas, manifestando eles próprios comportamentos que podem ser classificados como bullying. Pesquisa realizada em 2006 numa escola municipal paranaense constatou que 43% dos docentes já praticaram bullying alguma vez, em sua prática educativa. É alarmante pensar como um professor vai apoiar a vítima de bullying se ele próprio