a obra de arte na epoca de suas tecnicas de reprodução; resumo
“A obra de arte sempre foi suscetível de reprodução”, desde o começo, mestres e artesões reproduziam manualmente peças já existentes. A xilografia e a litografia permitiram a reprodução de imagens em maior escala, porém foi após a revolução industrial, com a invenção de maquinas como a câmera fotográfica, que a realidade das reproduções de obras realmente mudou; discussões sobre autenticidade das reproduções começaram a entrar em pauta.
Não importa o quão perfeita seja a reprodução de uma obra, ela nunca terá o hic et nunc (aqui e agora) da original, ou seja, nunca será autentica. “A própria noção de autenticidade não tem sentido para uma reprodução, seja técnica ou não”; quando se trata da reprodução manual, esta é vista como uma falsificação, dessa forma a obra original ainda impera como única. Já a reprodução técnica – como fotografia, por exemplo - além de captar diversos aspectos da obra através de diferentes ângulos, é mais independente da original, porém desvaloriza a aura da mesma.
E o que seria a aura de uma obra de arte? A idéia de aura está ligada ao significado momentâneo da obra, o “aqui e agora” de sua produção, sua autenticidade. Walter Benjamin a define como “a única aparição de uma realidade longínqua, por mais próxima que esteja” - para entender melhor esse conceito, é necessário buscar explicação no significado inicial que a arte tinha para a sociedade.
As primeiras manifestações artísticas tinham caráter ritualístico, ou seja, eram objetos de culto, envolvidos por um significado místico; as estatuas gregas, por exemplo, eram cultuadas por representar um Deus; assim como as pinturas rupestres eram representações, feitas para os deuses, do que se desejava para a caça. Com um tempo a arte ampliou seu significado e deixou de ser exclusivamente religiosa; o culto então passa ser a beleza da obra, mais do que ao ser que ela representa. Assim, a aura de uma obra é ligada a idéia de