A noção da imagem nas sociedades Ameríndias

2689 palavras 11 páginas
A Noção da Imagem nas Sociedades Ameríndias

Nome: Lucia Vieira de Campos
Prof. Dr. Pedro Cesarino

2011

A noção da imagem nas sociedades ameríndias

“O capitão Alonso Lopez de Ávila tinha-se apossado, durante a guerra, de uma jovem índia, uma mulher bela e graciosa. Ela havia prometido ao marido, que temia ser morto na guerra, não pertencer a nenhum outro, e assim nenhuma persuasão pôde impedi-la de preferir perder a vida a deixar-se seduzir por outro homem; por isso ela foi atirada aos cães”. Diego de Landa – Relación de las cosas de Yucatán, 32

Impossível afirmar com exatidão a origem dos índios na América ou calcular a cifra populacional na época do descobrimento. Sabe-se pouco da História Indígena. (CUNHA, 1998). E por conta da visão evolucionista, desde os primeiros relatos se constrói a equivocada imagem do ser primitivo. Nesse sentido, devido à ausência do Estado (característica de uma organização política) se estabelece a classificação de sociedades fadadas a uma eterna infância e assim, “... prosperou a idéia de que certas sociedades teriam ficado na estaca zero da evolução, e eram, portanto algo como fósseis vivos que testemunhavam do passado as sociedades ocidentais”. (Cunha, 1998, Pag. 11)
Em contraposição a teorias que perduraram quatro décadas e classificaram a Amazônia como região de sociedades diminutas e igualitárias, diversas pesquisas apontam um cenário diferente. Segundo Barreto (2010), pode-se citar desde Betty Meggers com a afirmação de povos complexos e autoctónes, como Roosevelt, que destaca a presença de sociedades populosas, sedentárias e possivelmente estratificadas, sendo também autóctones. Ou seja, não são produtos da difusão de culturas mais “avançadas”.
Recentemente, duas perspectivas estão em evidência:
“...um sistema de grandes cacidos rivais que teria emergido rapidamente durante o milênio que antecede a chegada dos europeus, integrados através de extensa rede de

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