a nova ordem geopolitica mundial
O fim da confrontação ideológica Leste-Oeste e o eclipse do modelo comunista de mundialização despertaram antigas divisões: os confrontos étnicos e religiosos multiplicaram-se e o terrorismo globalizou-se. Apesar de alguns conflitos antigos terem sido resolvidos, outros expandiram-se ou emergiram.
As causas destes conflitos alteraram-se parcialmente: aos conflitos clássicos de disputa de fronteiras entre Estados, acrescentaram-se os conflitos étnicos internos ou os que resultaram da recomposição de territórios pertencentes aos Estados que se fragmentaram, como a Jugoslávia e a URSS.
O terrorismo internacional afectou indiscriminadamente os países desenvolvidos e em desenvolvimento, coloca novos desafios difíceis de resolver.
O desaparecimento da URSS fez dos EUA a única superpotência mundial e a globalização parece ter reforçado o seu papel diplomático, militar e cultural, como potência unipolar na nova ordem mundial. Contudo, as opiniões dividem-se entre aqueles que falam da emergência de um sistema internacional unipolar e os que referem a existência de um mundo multipolar, onde o poder de decisão está repartido por várias potências, sendo que esta última posição se baseia em critérios não só económicos e culturais, mas também político-diplomáticos, num mundo onde os conflitos proliferam, tenham eles origem em nacionalismos exacerbados ou em fundamentalismos religiosos. A integração crescente dos países do ex-bloco soviético e das potências emergentes asiáticas, como a Índia e a China, NPIs, no sistema capitalista ocidental, ou os recentes conflitos no mundo árabe em busca da liberdade e dos direitos humanos, trouxeram novas vertentes ao antigo padrão do sistema mundo do pós guerra-fria. A (des)União Europeia debate-se com vários problemas: crise económica, sobretudo nos países mais periféricos, o euro, a imigração massiva dos PVD e a necessidade de tomar novas decisões que ajudem a resolver estes