A Nova história.
As noções complementares de “práticas” e “representações” têm sido bastante úteis aos historiadores culturais, particularmente porque, através delas, podemos examinar tanto os objetos culturais produzidos, os sujeitos produtores e receptores de cultura, como também os processos que envolvem a produção e a difusão cultural, os sistemas que dão suporte a estes processos e sujeitos, e, por fim, as normas a que se conformam as sociedades através da consolidação de seus costumes. Neste artigo, examinaremos a chamada Nova História Cultural e, mais especificamente, o sistema conceitual que se desdobra a partir das referidas noções de “práticas” e “representações”.
Começaremos por notar que a História Cultural encontra-se em alta nos dias de hoje. Se entre os anos 1950 e 1970 a História Econômica foi talvez a modalidade historiográfica a ocupar um lugar de maior destaque na historiografia, sem demérito para os inúmeros outros campos históricos, as últimas décadas do século XX acenaram
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O historiador britânico Peter Burke, um dos mais importantes representantes da Nova História Cultural.
A denominada história cultural é uma das práticas historiográficas mais comuns e difundidas nos dias de hoje. Mas, apesar de seu sucesso, seus conceitos e sua história não possuem uniformidade entre os historiadores. Procuraremos neste ensaio analisar as diferenças e as semelhanças nas suas interpretações.
O termo nova história cultural foi difundido a partir dos anos 1980, mas entre alguns autores que analisaram a sua definição, ela possui dois eixos de identificação: os que defendem que está ligada diretamente, como herdeira e ao mesmo tempo questionadora, de uma história cultural que tem raízes desde o século XVIII; em segundo, aqueles que acreditam que este “movimento” possui raízes mais recentes,