historia nova
No início do século XX começou a desenhar um novo território cultural e científico acompanhada de realizações no campo historiográfico que foi chamada de “nova”. Com a fundação da Revista dos Annales no ano de 1929, marcada pela preferência pela História Social, o escrito histórico passou a combinar o rigor científico herdado do historicismo clássico positivista, a aspiração à globalidade por meio do diálogo interdisciplinar que tinham herdado dos sociólogos e as influências do marxismo. A escola dos Annales, tal como ficou conhecida, foi a responsável pela construção de um novo modelo historiográfico. O centro de gravitação da historiografia translada-se da Alemanha para a França.
Sua origem e seu nome estão relacionados com a criação de uma revista histórica, criada em 1929, com o título: Annales d’historie économique et sociale. Annales passou a ser seu título principal durante toda a fase de publicação que se estendeu por todo o século XX. Ao longo deste tempo reuniu artigos e trabalhos de historiadores de procedência e capacidade intelectual diversa. A revista passou então a ser o grande ponto de encontro da escola dos Annales. E a sua evolução seria marcada pela sucessão de diferentes gerações. Marc Bloch (1886-1944) e Lucien Febvre (1878-1956) foram seus fundadores. De início combateram a história política, sobretudo sob sua forma diplomática, narrativa, de acontecimentos e factual, e, os partidários do materialismo histórico de cunho marxista. Apelavam para uma história profunda e total. Fernand Braudel, imbuído da idéia do estruturalismo foi o líder da segunda geração. Georges Duby, Emmanuel Lê Roy Ladurie e Jacques Lê Goff, historiadores das mentalidades e reveladores das complexas tendências filosóficas dos anos 70, foram os componentes da terceira geração.
Fundamentos e características da História Nova:
- a substituição da história tradicional narrativa e descritiva dos acontecimentos por uma história