A Neurose Obsessiva no filme “Melhor É Impossível”
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES
DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA
DISCIPLINA: PSICOPATOLOGIA: NEUROSES
PROFESSORA: ELISÂNGELA
ALUNO: CÁSSIO KENNEDY DE SÁ ANDRADE
A Neurose Obsessiva no filme “Melhor É Impossível”
O filme Melhor É Impossível retrata a história de Melvin Udall (Jack Nicholson) um escritor solteirão que passa a maior parte do tempo tecendo comentários ácidos e ofensivos contra as pessoas. Melvin também apresenta sintomas de TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo) se negando a tomar os remédios receitados pelo seu psiquiatra e a comparecer as sessões de terapia.
É notável que os sintomas obsessivos de Melvin diminuem ao passo que ele começa a se relacionar amigavelmente com um cachorro que pertence a seu vizinho Simon Nye (Greg Kinnear) e se interessa afetivamente pela garçonete Carol Connelly (Helen Hunt). É interessante salientar que para Melvin sua doença não apresenta nenhum incomodo para ele, pois o mesmo acha que tem total controle sobre seus atos compulsivos.
A relação de Carol com Melvin tornou-se um uma ferramenta para diminuição dos sintomas do TOC do escritor, e assim, para que possa definitivamente ficar com Carol, Melvin se compromete a voltar a tomar os remédios e tenta ser uma pessoa melhor, ser mais gentil, mesmo que ainda continue com seus comentários sarcásticos.
Para Freud (1909) A linguagem de uma neurose obsessiva, ou seja, os meios pelos quais ela expressa seus pensamentos secretos, presume-se ser apenas um dialeto da linguagem da histeria. Freud (1919) afirma que na neurose obsessiva é encontrada pela primeira vez nos sintomas bifásicos, nos quais uma ação é cancelada por uma segunda, do modo que é como se nenhuma ação tivesse ocorrido, ao passo que na realidade, ambas ocorreram.
Ao contrário da histeria, em que o sintoma se manifesta primordialmente no corpo, na neurose obsessiva o sujeito sofre dos pensamentos. O sujeito obsessivo é atormentado pela autorrecriminação sobre