A negligência familiar como fator de dificuldade no processo de aprendizagem
ADRIANA DO NASCIMENTO SILVA[1]
RESUMO
INTRODUÇÃO
Neste trabalho o tema será apresentado com o objetivo de trazer a reflexão sobre a importância da educação e da família no processo de formação e desenvolvimento do ser humano, pois a família tem um papel educativo essencial. Dela vai depender a definição do quadro de referência primário para a prática educativa e só através da educação o cidadão é capaz de reconhecer e lutar por seus direitos.
1 FAMÍLIA: A BASE DE TODO SER HUMANDO
A Constituição Federal de 1988 representou um marco na evolução do conceito de família, revelando que o traço dominante da evolução da família é sua tendência a se tornar um grupo cada vez menos organizado e hierarquizado e que cada vez mais se funda na afeição mútua (GENOFRE, 1997). Saraceno (1997), explica que o termo família nasceu na Roma antiga para dar nome a um novo grupo social que surgiu entre as tribos latinas, ao serem introduzidas à agricultura e também a escravidão legalizada. A palavra “família” deriva do latim “famulus”, que significa “escravo doméstico”. A compreensão de Singly (2000) sobre a família contemporânea é de que ela é, ao mesmo tempo e paradoxalmente, relacional e individualista. De acordo com a autora, é na tensão entre esses dois pólos que se constroem e se desfazem os laços familiares contemporâneos, onde cada um busca a fórmula mágica que lhe permita ser livre junto. Essa família caracteriza-se como um grupo regulado pelo amor, no qual os adultos estão a serviço do grupo e principalmente das crianças. Ainda de acordo com a autora, os modelos familiares contemporâneos seguem a mesma perspectiva, na medida em que a lógica do amor se impôs ainda mais: os cônjuges só ficam juntos sob a condição de se amarem; os pais devem dar ainda mais atenção às crianças. Senna e Antunes (2003) apontam que a composição das famílias brasileiras,