Na manhã desta sexta-feira, a assessoria de imprensa do Vôlei Futuro, que disputa as semifinais da Superliga masculina de vôlei, enviou um comunicado informando que um técnico e um produtor da Rede Globo aprovaram o uso do ginásio Plácido Rocha para o segundo jogo do playoff contra o Sada/Cruzeiro. A decisão permitirá que o Vôlei Futuro jogue em sua cidade, Araçatuba (a cerca 500km da capital do estado, São Paulo), em vez de ter de mandar a partida para Barueri. A história, porém, mais do que significar um ganho esportivo para o Vôlei Futuro, reflete uma realidade absolutamente comum ao esporte em todo o mundo, mas que muitas vezes recebe ferozes críticas dos torcedores. A mídia e, especialmente, a televisão, tem um enorme poder de influência sobre o esporte. Desde que a TV passou a ser o principal meio de propagação e de financiamento das modalidades esportivas, ela naturalmente se transformou numa das maiores “tomadoras de decisão'' nas competições. Em 2008, os Jogos Olímpicos de Pequim mudaram o horário das finais da natação (geralmente realizadas no período da noite, elas passaram para o horário matutino) para atender às exigências das emissoras americanas que exibiam as Olimpíadas. O recorde de oito ouros de Michael Phelps, assim, foi visto sempre no horário nobre dos lares americanos. No caso do vôlei brasileiro, a Superliga já havia conseguido uma grande vitória ao chegar a um acordo com a Globo para a transmissão, em TV aberta, das semifinais da competição masculina. Para isso, porém, a emissora havia determinado que precisaria fazer os quatro jogos em São Paulo, pela praticidade de os ginásios da cidade e região metropolitana em abrigarem a estrutura de uma transmissão de TV. Com a exceção aberta ao Vôlei Futuro, a tendência é que a decisão do título