A mosca doméstica
A urbanização a partir do pleno desenvolvimento da industrialização tomou grandes proporções. Com o crescimento das cidades, surgiram os chamados “problemas urbanos”, tais como a falta de coleta de lixo, a ausência de saneamento básico, a poluição, as moradias insalubres, entre outros (SPOSITO, 1989). Ainda segundo essa autora, estes problemas não eram da cidade, mas sim do próprio modo de produção capitalista, e se manifestavam na cidade. Deve-se considerar que os problemas urbanos só existem para a parcela da população que não dispõe de recursos para amenizá-los, e nesse caso, caberia ao poder público fazê-lo.
Com o acúmulo de lixo e a criação de condições ideais para o seu desenvolvimento, surgem os vetores de diversas doenças, como as moscas e os mosquitos.
De acordo com a classificação dos seres vivos, as moscas e os mosquitos pertencem ao Filo Arthropoda, Classe Insecta, Ordem Díptera. Do ponto de vista médico, os dípteros são os insetos mais importantes da Classe. Alguns são hematófagos, como os pernilongos, borrachudos, mutucas e vários outros que podem veicular sérias doenças como a malária, a febre amarela e a filariose (MARICONI et al., 1999).
As moscas domésticas (Musca domestica) são sinantrópicas, ou seja, vivem próximas ao homem e se adaptam aos diversos ambientes. A temperatura ideal para seu desenvolvimento varia de 15º a 40ºC, ou seja, temperaturas ambientes no nosso país. Elas possuem cerca de 7 a 9 mm de comprimento, apresentam cor acinzentada não metálica e 4 faixas escuras longitudinais no tórax e abdômen desenhado por manchas características. Compreender suas fases de desenvolvimento pode colaborar nas ações de combate deste inseto (COOPERCITRUS, 2013).
Segundo a Coopercitrus (2013), as moscas desenvolvem-se através do processo denominado metamorfose completa, ou seja, compreende os estágios de ovo, larva, pupa e adulto. O tempo transcorrido entre a fase de ovo e a fase adulta pode variar de 7 a 35 dias, dependendo da