Parasitologia - Família Muscidae
Família Muscidae
Nesta família encontramos dípteros de tamanho médio, em geral de cor escura, com pequenos ornamentos no mesonoto e abdome, possuindo calípteras desenvolvidas, hipopleura sem cerdas, apresentando peças bucais lambedouras ou picadoras, sendo machos e fêmeas dicóptios, porém as fêmeas apresentam maior afastamento entre os olhos. Esta família é subdividida em duas subfamílias, conforme o aspecto do aparelho bucal (Fig.1):
Muscinae: moscas com aparelho bucal lambedor; apresenta numerosas espécies como Muscina stabulans e Musca domestica.
Stomoxydinae: mosca com aparelho bucal picador-sugador; nela encontramos as espécies importantes: Stomoxys calcitrans, Neivamyia lutzi, Haematobia irritans e Glossina palpalis.
Fig. 1 – Cabeças de moscas (Muscidae): A) Musca domestica – lambedora; B) Stomoxys calcitrans – hematófaga (notar palpos pequenos (p) e arista pectinada); C) Haematobia irritans – hematófaga (notar palpos (p) grandes e arista pectinada). Fonte: NEVES, 2003.
Musca domestica
O gênero Musca possui cerca de 26 espécies das quais sob o ponto de vista médico, as espécies mais importantes são: Musca domestica Lineu, 1758 (cosmopolita), Musca sorbens Wiedemann, 1830 (região oriental e etiópica) e Musca automnalis De Geer, 1776 (EUA e região oriental). As numerosas outras espécies possuem hábitos silvestres. A Musca domestica possui distribuição geográfica mundial, com alto índice de sinantropia e endofilia, ou seja, frequentador constante de residências quer em ambientes urbanos e rurais. Invade também em grandes quantidades chiqueiros, galinheiros, currais etc. Aliás, o número desta espécie é grandemente dependente das condições sanitárias vigentes, ocorrendo milhares delas quando há deficiência no serviço de coleta de lixo urbano ou tratamento do esterco dos animais.
MORFOLOGIA:
A Musca domestica apresenta o corpo dividido em três partes: cabeça, tórax e abdómen. As suas dimensões podem variar entre os 6 e