A morte

678 palavras 3 páginas
A morte como enigma
“Diz Cícero que filosofar não é outra coisa senão se preparar para a morte”.
Evidentemente, não se trata de estar sempre pensando na morte de maneira mórbida, mas sim que, diante da sua inevitabilidade, possamos aceitá-la com serenidade, revendo os valores e a maneira pela qual vivemos, distinguindo o fútil do prioritário.
Há pessoas que só reavaliam sua maneira de viver em situações-limite, como doença grave, sequestro ou uma ameaça qualquer que revele de modo contundente a fragilidade da vida. Outros preferem não pensar na more porque a veem como aniquilamento, ao admitir que nada existe depois dela.

Estudos a respeito dos primórdios da nossa civilização relacionam o registro dos sinais de culto aos mortos ao aparecimento das primeiras angustias metafisicas. Sob esse aspecto, a morte é a fronteira que não representaria apenas o fim da vida, mas o limite de outra realidade.
Com o amparo da fé, a morte representa a passagem para a vida eterna no Paraiso, para o outro tipo de vida humana ou animal, ou para a “perda do sopro”.
Epiculo: Não temer a morte
Para Epiculo, a morte nada significa porque ela não existe para os vivos, e os mortos não estão mais aqui para explica-la. De fato, quando pensamos em nossa própria morte podemos nos imaginar mortos, mas não sabemos o que é a experiência da morrer. O filosofo lamenta que a maioria das pessoas fuja da morte como se fosse o maior dos males, mas para ele não há vantagem alguma em viver eternamente.
Montaigne: aprender a viver
Montaigne cita: “filosofar é aprender a morrer”. Para ele, meditar sobre a morte é meditar sobre a liberdade, porque quem aprendeu a morrer recusa-se a servir, submeter-se. Viver bem, portanto, é preparar-se para morrer bem. E assegura “ A vida em si não é um bem nem um mal. Torna-se bem ou mal segundo o que dela fazeis”.
Nesse sentido morrer não é apenas o fim de nós, mas não o objetivo da vida. É preciso ter em vista o esforço para conhecer-se melhor e aprender a

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