A MOBILIZAÇÃO PARA O CONHECIMENTO
Não há aprendizagem sem o interesse do aluno em aprender.
Para que um determinado objeto se torne objeto de conhecimento é imprescindível que o aluno esteja mobilizado para conhecê-lo. É preciso que o aluno tenha mobilidade para tal, tendo a intenção de conhecer esse objeto desconhecido. E o ato da mobilização para o conhecimento do objeto exige do sujeito uma carga energética física e psíquica durante todo o processo. É importante ressaltar que durante essa aprendizagem também estão presentes cargas afetivas em torno do objeto a ser conhecido, e que essas cargas não podem ser demasiadas, pois assim poderá ocasionar distúrbios, em virtude da grande ansiedade de quem quer conhecer o objeto.
Para que o sujeito conheça o objeto também é de grande necessidade aborda-lo, e nesse sentido podemos dizer que não há possibilidade de conhecimento do objeto se ele estiver ausente do sujeito.
Mas para o sujeito construir o seu conhecimento a respeito de um objeto qualquer é preciso também que esse objeto tenhasignificado para o sujeito. Mesmo um simples significado no primeiro momento já é o suficiente. O que vale é prender o aluno ao objeto, para que no segundo momento ele desperte mais desejo de conhecê-lo, se este fizer parte das suas necessidades. Nesse sentido, podemos afirmar que a mobilização é o caminho e a meta é o significado que o objeto tem para o sujeito.
Em se tratando da mobilização para o conhecimento, podemos dizer que nenhum sujeito se debruçará horas a fio sobre um objeto que não satisfaça as suas necessidades num sentido bem amplo. E isto é o grande problema que enfrentamos na sala de aula hoje em dia – não conseguimos despertar a atenção dos nossos alunos porque não estamos oferecendo para eles objetos que satisfaçam as suas necessidades, as suas curiosidades.
Partindo-se do princípio da dialética da mobilização, concordamos plenamente que ninguém motiva ninguém, ninguém se motiva sozinho, os sujeitos se motivam em