A missão
Embora tivessem como objetivo a difusão da fé e a conversão dos nativos, as missões acabaram como mais um instrumento do colonialismo, onde em troca do apoio político da Igreja, o Estado se responsabilizava pelo envio e manutenção dos missionários, pela construção de igrejas, além da proteção aos cristãos, o que é conhecido como regime de padroado. Na análise de Darcy Ribeiro em As Américas e a civilização, as missões caracterizaram-se como a tentativa mais bem sucedida da Igreja Católica para cristianizar e assegurar um refúgio às populações indígenas, ameaçadas de absorção ou escravização pelos diversos núcleos de descendentes de povoadores europeus, para organizá-las em novas bases, capazes de garantir sua subsistência e seu progresso. Darcy também cunha a expressão Império mercantil salvacionista, para marcar a ideia de que as possessões ibéricas no Novo Mundo se constituiram como proletariado externo de caráter dependente, ligado à dominação no âmbito cultural/simbólico/religioso que impunha a doutrina cristà sob a máscara da “salvação” dos índios pelos jesuítas.
É portanto a partir da união entre Estado nacional e Igreja católica que vai se efetivar a colonização no