A midia no Brasil.
Globo vs Cultura: a facilidade de acreditar no que se quer acreditar
A Rede Globo defendeu a Ditadura Militar (1964-85) no Brasil e, por isso, desde essa época, é alvo de protestos de grupos da população. Após esconder as manifestações Diretas Já em 1984 pelo voto direto para presidente da República, as pessoas chegaram a gritar nas ruas: "o povo não é bobo, abaixo a Rede Globo", grito renovado nas manifestações de junho do ano passado que abordaram diversas pautas na sociedade como a parcialidade dos grandes meios de comunicação.
Ações futuras da emissora como a manipulação do debate entre os candidatos a presidente Fernando Collor e Lula, em 1989, fato já admitido pelo responsável pelo programa na época, José Bonifácio de Oliveira, o Boni, mantiveram a continuação dos protestos.
Os argumentos maniqueístas dessas ideias defendem a grande mídia como sempre conservadora e o governo do PT sempre esquerdista. Mas uma simples lida no noticiário mostra que a imprensa não é homogênea em sua cobertura e nem o governo pontua suas ações pelo extremo do espectro político. Mas talvez aí esteja o problema da "facilidade de acreditar no que se quer acreditar". As pessoas que creem no maniqueísmo desse discurso do bem (PT) contra o mal (grande imprensa) geralmente enxergam provas do que acreditam em tudo.
Sobre isso, vamos analisar dois exemplos e possíveis hipóteses relacionadas:
Exemplos
1- O portal G1 das Organizações Globo, considerada conservadora, publicou reportagem em que mostrou o lado dos jovens da periferia que organizam os "rolezinhos" em São Paulo, uma abordagem com enfoque social e que mostra o ponto de vista de uma classe explorada pela sociedade. Por que essa notícia foi publicada?
A) A mídia tem tendência editorial conservadora por seus grandes veículos serem grandes negócios e controlados por pessoas ricas, mas conserva os objetivos sociais que norteiam o jornalismo além dos comerciais.
B) A notícia é irônica e preconceituosa