Era Vargas
A constituição de 1934 foi abandonada e substituída por uma nova, que pretendia dar uma aparência de legalidade ao novo governo. Redigida as pessoas por Francisco Campos, foi parcialmente inspirada nas constituições fascistas da Itália e da Polônia, dai seu apelido de POLACA (palavra que na época se designava a prostitutas).
Eram características da constituição de 1937: centralização politica, com o fortalecimento do poder do presidente; extinção do legislativo, cujas funções passariam a ser exercidas pelo executivo; subordinação do poder judiciário ao executivo; indicação dos governadores dos estados pelo presidente; legislação trabalhista .
O Estado Novo, contudo, não deve ser considerado um regime fascista, pois lhe faltava um partido politico do qual Vargas fizesse parte. Esse era um quesito fundamental no regime fascista para promover a identificação de interesses do Estado Novo. Além disso, a ditadura varguista, por mais violenta que tenha sido, não se assemelhou aos excessos totalitários do fascismo europeu na composição do aparelho repressivo governamental .
Finalmente, faltava ao Estado Novo uma forte característica da ideologia fascista europeia: a legitimação do Estado por meio de uma certa visão de historia (como no casa do Alemanha nazista, a ideia do Terceiro Reich, ou terceiro império alemão, que iria durar mil anos e veria a redenção da raça ariana) .
Quanto ao crescente operariado urbano, a oposição foi nula: refém do populismo varguista e privado de suas principais lideranças de esquerda desde 1935, pouco lhe restava senão aceitar passivamente o novo regime .
Curiosamente, a mais seria tentativa de derrubar o Estado Novo partiu de um grupo simpatizante de medidas autoritárias e fascistas. Em maio de 1938, ocorreu a Intentona Integralista. Os integralistas haviam aplaudido golpe de 1937, que, afinal, havia sido feito em nome do combate ao comunismo. O próprio Vargas foi batente tolerante, permitindo a