A mensagem
Numa fase inicial e para esclarecer a principal diferença entre estes termos, podemos afirmar que, enquanto a filogénese se refere ao desenvolvimento da espécie como unidade básica, a ontogénese refere-se ao desenvolvimento individual do ser.
Assim, a filogénese engloba todos os fenómenos de evolução dos seres vivos, podendo-se caracterizar como o conjunto de processos biológicos de transformação que explicam o aparecimento das espécies e a sua diferenciação. É a história evolutiva de uma espécie.
Já a ontogénese especifica o desenvolvimento do indivíduo desde que é formado o ovo até que se torna adulto. No entanto, há autores que defendem que a ontogenia continua mesmo até à morte, englobando, por isso, os processos de modificação ao longo da vida. Enunciar a lei da recapitulação e as suas críticas.
A lei da recapitulação ontofilogenética apareceu no princípio do século XX, por Ernst Haeckel, fundador da embriologia e da ecologia. Esta lei afirmava que «a ontogénese recapitula a filogénese», ou seja, ao observarmos os diferentes estádios embrionários de um ser, poderemos verificar os estádios de evolução da espécie à qual ele pertence. Deste modo, o desenvolvimento embrionário recapitularia a história filogenética da espécie, o que implicaria que a ontogénese fosse determinada pela filogénese.
Os argumentos utilizados por Haeckel foram descridibilizados e esta teoria foi ultrapassada porque não tinha base científica. Haeckel começou por mostrar vários desenhos de embriões de várias espécies que, supostamente, evoluiriam de maneira comum, especializando-se consoante a espécie a que pertenciam. No entanto, estes dados foram falseados porque nem apresentavam coerência temporal nem de estatura entre os embriões. Mostrar o papel da ontogénese no desenvolvimento.
Uma vez que o indivíduo é resultado da interacção dos factores biológicos com os ambientais, a filogénese não pode determinar a ontogénese,